01 outubro 2007

José Márcio

José Márcio desde criança sentia atração por outros garotos, mas reprimia violentamente, reprimia e sofria. Tinha verdadeiro pavor que alguém desconfiasse desses sentimentos, sejam os amigos ou a família. Tinha muita vergonha e convivia com esse sentimento preso no canto mais obscuro de seu cérebro.

Seu pai, quem não chegou a conhecer bem, faleceu quando tinha cinco anos e quando completou 12 anos sua mãe resolveu casar-se outra vez. Seu padrasto era um homem alto, forte, muito peludo e muito rude também, quando estavam sozinhos nunca perdia uma oportunidade de humilhá-lo. O repreendia por tudo. Nunca conseguia dizer uma palavra de carinho sequer.

Por muito tempo José Márcio teve verdadeira aversão pelo padrasto. Essa aversão foi dissipando-se quando José começou a reparar no físico do padrasto, e sem que ele percebesse, José passou a vigiá-lo para em algum momento vê-lo nu, o que aconteceu por várias vezes. Um dia estava no banheiro escovando os dentes, só de cueca, quando seu padrasto entra no banheiro para uma ducha, com a desculpa de que o banheiro da suíte não estava funcionando. Por uns segundos, ao passar por José ele sentiu por segundos que seu padrasto, ao passar, roçou a rola grande e flácida, macia em sua bunda. José Márcio, quis morrer, sentiu uma sensação gostosa, mesmo que por uns míseros segundos. Apressou sua escovação e foi arrumar-se para escola. Aquele leve toque não saia de sua mente.

Outro dia, inadvertidamente, José entrou no quarto do casal e lá estava ele, completamente nu, José pediu desculpas, pegou um frasco qualquer no banheiro e desconcertado retirou-se imediatamente, jamais esquecendo aquela visão. Aquele homem forte de 1,80 m, peludo, uma rola grande, grossa com uma cabeçona imensa sob o prepúcio. Um saco bonito, grande. Por isso o volume interessante que sempre fazia na calça. José muitas vezes só conseguia dormir depois de masturba-se pensando naquele homem penetrando ele, beijando-o, sentindo aquele monte de pelos sobre seu corpo. Imaginando-se rebolando com aquela piroca dentro dele. Masturbava-se e depois rezava, pedindo perdão a Deus pelo pecado imenso de desejar o padrasto.

Certa vez a mãe foi visitar um parente no interior num fim de semana. José ficou sozinho com o padrasto. No Sábado à noite ficou vendo televisão com o padrasto e acabou dormindo sentado no sofá, com o sono foi reclinando-se aos poucos até sua cabeça sustentar-se no obro do padrasto, que o acomodou em seu colo como um travesseiro. Vendo que o menino ressonava forte, o padrasto acomodou confortavelmente a cabeça do guri em seu colo. José ficou assim dormindo. O padrasto, por sua vez, começou a ficar excitado, seu pau começou a enrijecer sob a cabeça do enteado. Com muito cuidado o padrasto subiu o short deixando um pouco do pau pra fora e gentilmente foi acomodando a boca do enteado na cabeça do seu pau. Quanto mais sentia a respiração quente do enteado mais excitado ficava, abriu os lábios do rapaz e encaixou sua rola, aos poucos foi sentindo que o rapaz babava em sua rola, mas continuava dormindo. Tentou introduzir o pau na boca do menino e quando viu que isso o acordaria, desistiu tirou a cabeça do garoto de seu colo acordando-o e mandou-o para cama. Foi para o seu quarto e matou sua excitação com uma bela punheta imaginando o enteado sugando sua rola. E imaginando-o arrebentando as pregas do guri.

José Márcio foi para a cama sentindo um gosto estranho na boca, mas não deu importância. Se soubesse o que tinha ocorrido talvez se matasse de tanto se masturbar.

No dia seguinte, Domingo, José Márcio saiu cedo, para passear de bicicleta no parque. Tinha muito medo de ficar com o padrasto tanto tempo sozinho sem cair na tentação e fazer algo que pudesse arrepender-se, mas notou que o padrasto estava estranhamente gentil com ele... Próximo ao meio dia chegou em casa e ele já tinha providenciado comida pronta para os dois. Gentileza incomum. Não conversaram muito e logo depois do almoço José foi para seu quarto, tomou um bom banho e deitou-se nuzinho em sua cama, com a bunda lisinha para cima.

Algum tempo depois, o padrasto, entediado, resolveu ir até o menino em seu quarto, não bateu na porta e entrou sorrateiramente. A visão daquele rapazinho de 17 anos deitado, indefeso, completamente nu com aquela bundinha maravilhosa acendeu fantasias em sua mente. Aproximou-se e sentou ao lado, na cama, admirando o enteado. Com cuidado começou a alisar a bunda do rapaz ao tempo em que cada vez mais ficava excitado. Neste momento José Márcio despertou, sentindo o carinho do padrasto, mas não fez nenhum movimento, continuou imóvel sentindo as caricias que o outro fazia e ficou inerte sem saber o que fazer. Sentiu o padrasto inclinando-se para sua cabeça e ao seu ouvido cochichou; “Sei que está acordado, não precisa fingir...” Joshua Middler virou-se para o padrasto denunciando sua excitação com o cacete em riste, o padrasto forçou sua boca até o cacete imenso que José abocanhou timidamente... “Isso, suga esse caralhão neném, mama gostoso...” José tentava chupar a rola do padrasto que produzia ritmos violentos fazendo-o ter espasmos de vômito, não conseguia alojar todo o cacete em sua boca, era muito grande. Em dado momento José foi forçado e colocado com a bunda empinada e bem lubrificado o reguinho com cuspe o padrasto foi esfregando sua pica e forçando a entrada no cuzinho virgem do enteado e ao mesmo tempo mordia forte as coistas do rapaz. José tentava livrar-se, não estava agüentando a penetração e reunia forças para impedir o ímpeto do padrasto, era em vão. “Agüenta firme ai veadinho, vou te comer nem que tenha que arrebentar esse anelzinho todo” José apavorou-se com isso e tentava livrar-se da intenção do padrasto, em vão. Estava confuso. Sentia muita dor, aversão, mas sentia prazer, um prazer quase masoquista “Relaxe, vai ser melhor, vai doer menos... seu safado, sei que você sempre quis isso, faz tempo que venho te observando...” José já não tinha mais forças e começou a chorar de dor e de vergonha, não estava tendo uma relação, estava sendo estuprado, sentiu que o caralho imenso de seu padrasto abria caminho em seu cuzinho, sentia a força que ele fazia, sentia que estava sendo rasgado, sentia muita, muita dor, chorava em soluços... O padrasto forçava violentamente até que conseguiu penetrar o cuzinho do enteado que gritou abafado e em espasmos, parecia que estava recebendo uma estaca no cu, tanta dor sentia. Cada estocada daquela rola enorme era como uma facada, não conseguia mais reagir, isso durou uma eternidade até seu padrasto estourar jatos de porra em suas entranhas retirando-se quase que imediatamente do seu quarto.

José Márcio ficou ainda algum tempo inerte, deitado em sua cama, já estava mais calmo mas ainda sentindo muita dor quando o padrasto entrou no quarto outra vez e com um tom ameaçador decretou: “limpe tudo muito bem para que sua mãe não desconfie, se você fizer a besteira de dizer alguma coisa eu mato você e ela”

O padrasto era policial, estava muito tempo na corporação, e tinha a patente de Major. Era muito violento em casa tanto com a mulher como com o enteado. Mas isso só na intimidade. Frente a outras pessoas, aos amigos da polícia, representava o papel de marido e pai perfeito. José começou a nutrir um ódio extraordinário pelo padrasto, estranhamente continuava desejando-o, mas nunca transpareceu isso para sua mãe. Sua mãe uma verdadeira Amélia. Era enfermeira do Hospital das clínicas e fazia intermináveis plantões para cobrir as despesas do filho com escola, material, roupas etc. Não queria que o filho trabalhasse enquanto não terminasse a faculdade de medicina e ai sim, poderia ter independência financeira e deixar aquele inferno onde ele colocou ambos. Era conformada com a situação e comportamento do marido, sentia-se muito culpada pela indiferença e pela humilhação que sempre fazia o filho passar.

Depois do estupro, o padrasto passou a procurar mais José, toda vez era como se fosse a primeira, sempre sentia-se estuprado, não lograva sentir um prazer pleno. Sua atração por homens aos poucos foi transformando-se em ódio, sentia ódio do padrasto, da mãe, dos colegas, de tudo... Começou a criar um mundo só para ele onde tudo era maravilhoso.

Fez amizade com um professor da faculdade, que o ajudou muito a superar, pelo menos intimamente, seus problemas. Só não conseguia livrar-se do ódio que nutria pelo padrasto. Passou a sair regularmente com o professor e aos poucos foi apaixonando-se por ele, mas não uma paixão por sexo como o padrasto, necessitava carinho, necessitava sentir prazer sem ser molestado, sem ser humilhado, sem ser estuprado a cada relação sexual.

Um dia, já estava no terceiro ano de medicina, saiu com o professor. Homem de estatura mediana, cabelos negros, olhos pretos, sempre a barba por fazer, corpo normal, nem gordo nem magro. Foram caminhar no Ibirapuera e colocar os assuntos em dia. Joshua nunca revelou ao professor, seu melhor amigo, o que acontecia em casa. Mas o professor sentia a carência latente naquele jovem, sentia a fragilidade e insegurança e a tristeza constante. Caminharam muito, os dois falando quase que simultaneamente de questões médicas. Pararam num barzinho e pediram sucos. O professor discretamente, segurou sua mão, apertou-a e disse “Gostaria muito que você saísse comigo para momentos de intimidade, homem com homem, sabe que sou perdidamente apaixonado por você e isso já dura três anos. Vivemos e convivemos na escola, no hospital, nos fins de semana, e nunca aconteceu nada, nunca tive coragem e se eu for esperar por sua coragem, vamos envelhecer assim dois amigos que escondem sentimentos um para o outro.

José Márcio avaliou bem aquela proposta ou aquele desabafo de seu amigo professor “Meu amigo, você sabe que te quero muito bem, gosto de estar contigo, mas tenho medo de magoar-te ou não satisfazê-lo” o professor replicou, como pode fazer esse juízo ou estabelecer este pré-conceito do que possa ou não acontecer se não tentamos?”José Márcio pensou um pouco e disse, “Está bem, o que você sugere?”.

O apartamento do professor era bem aconchegante, uma decoração simples e de bom gosto, e uma vista que pegava todo o Vale do Anhagabaú, José sentou-se enquanto o professor preparava um drink, um Campari Bitter. Repousou seu copo sob a mesinha ao lado do sofá e chamou o professor para sentar-se com ele. Uma música ao longe chegava até o apartamento, talvez um vizinho, certamente alemão ouvia repetidamente: “Schon rief der Posten, Sie blasen Zapfenstreich. Das kann drei Tagen kosten. Kam’rad, ich komm sogleich. Da sagten wir auf Wiedersenhen. Wie gerne wollt ich mit dir geh’n. Mit dir Lili Marleen…”


Joshua tentou cantarolar um pouco “ Vor der kaserne. Vor dem groβen Tor...” O professor chegou-se mais perto e disse “Meu vizinho é alemão, vive tocando isso...” “Essa canção é linda, murmurou Joshua, ela tem uma capacidade estranha de me dar forças...”. O professor Apertou a mão dele e seguiu abraçando-o fazendo como se os corpos estivessem unidos, colando um no outro, beijando carinhosamente os olhos do rapaz, a nuca, os lábios o pescoço. José começou a reagir e retribuir os carinhos facilitando a retirada da roupa.. Em pouco tempo ambos estavam nus, deixando o sofá desconfortável, engalfinhando-se no tapete macio. O professor era um verdadeiro mestre em carícias, Joshua nunca imaginou que fosse tão gostoso, estava sendo todo lambido magistralmente.

“O que aconteceu contigo?” Perguntou o professor paralisando as carícias. “Você está cheio de hematomas nas costas...” Joshua ficou mudo, não queria contar do padrasto e dos maus tratos. Contou algo sobre um assalto e o tombo que levou na rua em conseqüência disso, um relato inverossímil que o professor aceitou, mas não engoliu. Continuaram as carícias. O professor abocanhou a rola de Joshua mamou até que sentiu os jatos de esperma em sua boca, que fez escorrer pelo peito de joshua. Joshua mordiscava os mamilos do professor que esfregava o pau em sua virilha até gozar abundantemente em sua barriga. Ambos descansaram uns minutos e o professor conduziu-o até o banheiro onde ao banho continuaram as carícias até gozarem outra vez, sem penetração, o professor não queria forçar a barra.

De volta a sala, já recompostos e arrumados, tomaram mais um bitter e José como tinha que chegar cedo em casa naquele dia, despediu-se do professor com um caloroso beijo confirmando que estava realmente apaixonado e verdadeiramente era correspondido.

seguiu para casa pensando. Dependia financeiramente do padrasto, tanto ele como sua mãe, que ganhava um salário miserável no hospital. Mas pretendia, de alguma forma por fim aquela situação. Só não sabia como. Vivia na berlinda. Terminar a faculdade, arrumar um emprego, sair de casa e levar a mãe consigo, mas isso iria demorar algum tempo ainda. Não sabia se teria forças para agüentar o padrasto por tanto tempo, abusando dele, humilhando ele e a mãe. Muitas vezes o padrasto depois de uma relação sempre violenta, mijava nele ou fazia ele beber o mijo... Recebia muita porrada em lugares que a roupa cobria, o padrasto gostava especialmente de trabalhar com o cacetete, enfiando-o em seu cu, gostava de morder violentamente a sua bunda e sentia prazer toda vez que enterrava o caralho de uma vez só...

Do Sumaré até em casa não era longe, morava num apartamento no primeiro andar na Rua Marquês do Itu, no centro de São Paulo. No trajeto pensou muito na vida sem graça que levava com a mãe, no sujeito sem graça que se achava...

Chegando em casa, seu padrasto estava no sofá lendo um jornal, foi a cozinha. Na geladeira tinha um bilhete da mãe que dizia: “Jo, deixei o pernil descongelando na pia. Vou chegar pelas 9.00 hs, se já estiver bom, coloque-o no forno para assar. Já é pré-cozido. Deixe por 1 hora no forno, quando chegar jantamos juntos. Se seu pai for sair avise a ele que está tudo pronto, se ele quiser jantar antes. Bjs. Alicia”.

José voltou a sala e sentou-se na poltrona. O padrasto abaixou o jornal e disse da maneira brusca e peculiar de sempre: “Vou separar-me de sua mãe... Semana que vem já não estarei mais aqui. Já consultei o advogado e não preciso pagar pensão. Ela trabalha, e você também pode trabalhar, fazer algum bico. Mas claro que de vez em quando vou vir aqui para comer seu rabinho gostoso, você queira ou não.”

José ficou perplexo. Sabia que seu padrasto tinha umas mulheres com quem saia vez ou outra, mas nunca imaginou a possibilidade de ele separar-se e deixá-los assim, sem nada. Calmamente, olhou para o padrasto, assentiu com a cabeça e voltou para a cozinha, tomou um copo d’água, olhou para o pernil em cima da pia. Comprimiu o pernil com os dedos. “Ainda está congelado, pensou”. Segurou o pernil na parte mais fina com as duas mãos, sem fazer barulho dirigiu-se a sala, lá estava o ser desprezível, sentado, o jornal no chão, cochilando. José chegou sorrateiramente por trás, ergueu o pernil para o alto e com toda a força que tinha golpeou a cabeça do padrasto. Olhou bem, viu que o padrasto ficou imóvel, com a cabeça inclinada. Aproximou-se, sentiu que estava morto. Voltou a cozinha, rapidamente deixou o pernil pronto na forma e colocou no forno. Voltou tranqüilamente, como se nada tivesse ocorrido, para sala e disse “Pai, vou à quitanda do Sr. Antonio comprar umas cervejas, vamos comemorar meu estágio remunerado no Hospital das Clínicas, não saia, volto logo.”

José ganhou a rua, e dirigiu-se a esquina. O Sr. Antonio o conhecia desde criança, tinha uma quitanda bem sortida. “Boa tarde Seu Antonio” acenou. “Boa tarde menino! que vai ser hoje?”
Pensou por uns segundos “Amanhã começo um estágio no Hospital, foi muito difícil conseguir isso e depois do estágio fica mais fácil fazer residência no mesmo hospital, sabe como é essa coisa de amizade. Vou levar umas cervejas, para comemorar com meu pai e minha mãe. Falar nisso o Senhor viu se meu pai chegou? Passou por aqui?” “Não vi e olha meu rapaz, parabéns, seu pai é sua mãe são muito orgulhosos de você. Olhe, leve esse vidro de azeitona, esse salame, e esse queijo para um tira-gosto para acompanhar a cervejinha, presente meu. Quando eu ficar doente vou querer consulta grátis” Seu Antonio sempre foi muito bonachão. José agradeceu e ainda perguntou devagar para que ele escutasse bem se ele não queria ir lá em sua casa para tomar uma cervejinha o que o quitandeiro prontamente recusou, pois era sexta e ficaria aberta a quitanda até mais tarde. Disse de maneira a Seu Antonio ouvir bem outra vez, “Dá-me um pedaço de mortadela também para eu picar, papai adora isso. Nossa Seu Antonio, quase quarenta minutos estou aqui, papai deve estar esperando, até mais!”

José pegou a sacola de cerveja e a outra sacola com os itens que seu Antonio tinha presenteado, pediu para anotar na conta de sua mãe e tomou o rumo de casa. Chegando lá não bateu na porta, tinha deixado aberta. Na sala viu o padrasto de costas, disse “Olá pai, cheguei, trouxe umas cervejas, foi direto para a cozinha, colocou as cervejas na geladeira os demais itens na pia e ligou o forno. Quando voltou a sala comportou-se como se tudo fosse novo. “Papai!” Seu pai estava inerte sentado no sofá, o jornal espalhado no chão. Examinou-o, e suspirou.... Morto! Morto!” Chacoalhou o pai, e começou a chorar. Correu ao telefone e ligou para o comandante do distrito policial onde seu pai trabalhava. “Comandante Roriz, aqui José Márcio”
“Olá meu rapaz, como está? Tudo bem? Você parece ofegante?”
“Comandante, acabei de chegar em casa, meu pai está aqui na sala, morto, venha, por favor, venha logo, não sei o que fazer” Disse isso entre soluços e choros. “Calma, calma, tem certeza? Sim? Calma, já vou mandar uma viatura, e vou pessoalmente em seguida. Não toque em nada fique calmo...”

José ficou sentado no sofá, chorando e em exatos dez minutos chegaram quatro policiais. Joshua conhecia a todos, de muito tempo. Pulou do sofá e abraçou-os, em choro, um dos rapazes o abraçava, acalmando-o enquanto os outros examinavam o padrasto. “Sente-se, acalme-se, conte-nos o que aconteceu”

Joshua Middler, acalmou-se e começou entre alguns soluços o seu relato. “ Cheguei faz mais ou menos 1 hora, conversei com meu pai, e ele me pediu para comprar umas cervejas. Hoje iríamos comemorar o início do meu estágio no Hospital que começa amanhã. Fui na quitanda do Seu Antonio comprar cervejas, seu Antonio ficou também contente com a notícia e me presenteou com umas coisas para comemorar com o papai. Fiquei muito tempo de consversando com ele na quitanda, acho que uns 40 minutos. Oh meu Deus, se não tivesse demorado tanto...., cheguei aqui, falei com meu pai, coloquei as coisas na cozinha, só percebi que estava morto quando voltei para perguntar se queria uma cerveja...” José Márcio, verdadeiramente, parecia muito abalado. Pediu para que ligassem para sua mãe avisando, pois ele não tinha coragem...

José ficou na sala, inerte como em estado de choque. Os policiais checaram tudo. Ficaram intrigados com o que poderia ter sido usado para golpear a cabeça do policial. Chamaram mais alguns policiais. O comandante do distrito chegou também e deu um grande abraço em Joshua, dizendo sentir muito a perda, dando força e todas essas coisas que dizem nessas ocasiões. Em seguida chegou sua mãe. Ele correu e a abraçou demoradamente, chorando. Sua mãe não acreditava, chorava, mas conseguia manter a calma. Os policiais fizeram perguntas. Ela prontamente respondeu a tudo. Se, por ventura, sabia se ele tinha sido ameaçado. Se, notou algo estranho. Pediu para ferificar se faltava alguma coisa na casa, etc...

Procuraram por todos os lugares e cantos algo que pudesse ter servido como arama do crime. Em vão. Checaram com o Sr. Antonio os horários que José esteve lá, confirmaram tudo que José os contou etc...

O comandante despediu-se e disse que iria retirar-se para providenciar com a Associação dos Policiais, um enterro digno para o amigo e para a família. Não precisariam preocupar-se com nenhum detalhe. Funerária, custos, etc. A associação encarregar-se-ia de tudo. Ordenou que dois policiais permanecessem na casa para fazer companhia à esposa e ao filho. Já que os parentes mais próximos moravam no interior e somente chegariam pela manhã e também porque poderiam se surpreendidos pelo assassino ou sabe lá Deus... Despediu-se da mãe prometendo fazer todo esforço da corporação para encontrar o bandido que fez aquela barbaridade.

A mãe de José estava sentada conversando com os policiais, quando de repente levantou-se. Meu Deus José! Policiais, desculpem me. O José deixou o pernil no forno assando, já ia esquecendo. Nisso chamou o filho e pediu que a ajudasse. Ela arrumou a mesa e chamou os dois policiais.
“Preparamos esse pernil para uma comemoração hoje, mas com essa tristeza toda, nem posso pensar nisso. Tenho certeza que vocês devem estar famintos. E já passa das onze horas. Gustavo não me perdoaria se não oferecesse uma refeição a vocês. Por favor, não se preocupem, vocês são de casa e eram muito amigos do Gustavo”
Os policiais um pouco constrangidos, depois de titubear um pouco foram para a mesa, e saborearam o pernil, ao lado sentado no outro sofá, mãe e filhos abraçados. José Márcio podia ouvir a conversa e cochichos dos policiais.

“Incrível nenhum vestígio. Deve ter sido algum desafeto que saiu da prisão ou estava para ser preso, algo assim... Corta mais uma fatia para mim? A perícia não identificou que tipo de arma foi usada. Acho que o sujeito deve ter levado embora com ele. Isso ta muito bom, mais um pedaço...por favor, ta muito gostoso, cara vamos acabar comendo tudo”

José Márcio estava com o rosto no colo da mãe. Seus olhos brilhavam e seus lábios não escondiam o sorriso de vitória.

Nunca encontraram o assassino e tão pouco a arma do crime.